TRILHA SONORA NACIONAL DA NOVELA "MANDALA" por Marcelo Batista

Álbum: TRILHA SONORA NACIONAL DA NOVELA "MANDALA" Artista: Vários Ano: 1987 Novela de DIAS GOMES Direção de RICARDO WADDINGTON Período de exibição: 12/10/1987 – 14/05/1988 |Horário: 20h30 | Nº de capítulos: 185 A trama é ambientada no Rio de Janeiro e é composta de duas fases: renúncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961, e a Campanha da Legalidade, organizada para assegurar a posse de João Goulart. Nesse contexto, são apresentados os personagens Jocasta (Giulia Gam/Vera Fischer) e seu pai, o militante comunista Túlio (Gianfrancesco Guarnieri). 

Jocasta está com 18 anos e é estudante de Sociologia. Também é filiada ao Partido Comunista Brasileiro e participa ativamente da campanha legalista ao lado do pai e de outros companheiros. Além do amor pela política, Jocasta é apaixonada por Laio (Taumaturgo Ferreira/Perry Salles), um rapaz de 25 anos, alienado, que estuda Psicologia. 

O jovem é místico e não dá um passo sem consultar seu secretário e guru Argemiro (Marco Antônio Pâmio). Jocasta engravida de Laio, como de costume, ele recorre a Argemiro sobre o futuro da gravidez da amada. Os búzios mostram que a criança será um menino que irá odiá-lo e que terá uma relação amorosa com a mãe. Assustado com as palavras do guru, ele some com o bebê. 

A novela foi baseada no mito grego de Édipo Rei. Mandala enfrentou uma série de problemas com a Censura Federal, que chegou a vetar a sinopse da novela, alegando que a história tratava de temas impróprios para o horário das 20h30, como incesto, uso de drogas e bissexualismo. 

A emissora só conseguiu que a sinopse fosse liberada após ter se comprometido a fazer alterações no original. Já com a novela no ar, a Censura voltou a atuar, proibindo um beijo entre Jocasta (Vera Fischer) e Édipo (Felipe Camargo).

 A alegação era de que a cena seria muito agressiva para os telespectadores. Após negociações, a passagem, essencial para a trama, foi finalmente liberada: como os personagens desconheciam sua condição de mãe e filho, a Globo conseguiu que o beijo dos dois não fosse vetado. Os primeiros capítulos da novela tinham forte conotação política, o que também foi criticado pelos censores.

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