Peggy Lee teve uma longa carreira, foram mais de 50 anos e infelizmente quase não se fala dela. O jazz teve suas grandes divas negras, mas também teve mulheres como Peggy Lee que não pode ser ignorada. Brilhou em Hollywood. Interpretou divinamente grandes standards do cancioneiro norte-americano. Esse seu disco de estreia, Black Coffee, por exemplo, é puro glamour. Foi lançado em 1953 e recebeu o formato de 10 polegadas, que hoje é um disco raro e vale uma pequena fortuna. Só em 1956 a Decca pediu que Peggy gravasse mais quatro músicas e fez a primeira edição em Vinil 12 polegadas. Os arranjos casam perfeitamente com a voz elegante de Lee.
Uma época de ouro da música dos Estados Unidos. Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald também gravaram a música título, Black Coffee, mas uma gravação de Peggy Lee tem o seu valor e não merece ser esquecida. Acho a capa lindíssima, essa cozinha italiana dourada combina com a xícara que também traz elementos dourados, a rosa e o colar de pérolas remetem ao feminino.
A minha faixa preferida é "A Woman Alone with the Blues", acredito que seja a canção que deixa Peggy Lee mais visceral, mais próxima da dor de amor como que o Billie Holiday fez tantas vezes!
Peggy Lee merece girar no toca-discos e encantar os tímpanos curiosos do século XXI.
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